3 de jan. de 2010

Yep...

Anos depois venho tirar a poeira desse blog. Se você espera coisinhas fofas tipo 'oi meu bem', etc, advertência: talvez dessa vez não seja possível completar seu desejo, tente novamente mais tarde.
Obrigada.

Começando pelo Natal. Eu o-d-e-i-o Natal, é uma das três datas mais falsas do ano. Recapitulando essas datas:
1. Seu aniversário;
2. Natal;
3. Ano Novo.

Fomos para a casa da minha tia, eu já estava de saco cheio antes de ir. Eu tinha certeza de que eu iria ficar só em um canto, só vendo a vida passar. Porque é isso que sempre acontece, em todos os natais, nos últimos (e únicos) vinte anos.
Meu primo estava vendo um filme do Jude Law com a Rachel Weiz (a tia de "A Múmia" - é, não sei escrever o sobrenome dela), sobre guerra, e eu assisti com ele. Enquanto isso, meu priminho gritando horrivelmente (isso é genético, visto que o pessoal da sala falava ainda mais alto), deixando a porta aberta... Até que chegou o amigo secreto.

Troço-chato. Eu não me importo que peçam para que eu tire fotos, mas ficar cutucando e dizendo "Tira foto assim, tira foto assado", pelo amor de Maat! Eu não sou fotógrafa, eu não pretendo fazer Fotografia e não abusa que eu me irrito. E isso é raro de acontecer.

Daí teve aquilo tudo, o tiozinho lá [acho que cunhado da minha tia, sei lá!] começou a chamar meu primo (o colorado - ou seja, o decente) de perdedor. Depois de passar dois dias de luto por ficar em segundo lugar (sim, eu sofro com futebol), ouvir aquilo quase me fez voar pra cima do cara e enchê-lo de sopapos. Até que lembrei que ele era recém da segunda divisão (falaí, vascaíno, belê?), então quando meu primo disse isso e me olhou, eu percebi: ele sabe dar foras muito melhor que eu.


olha minha cara de animação

Daí depois do Natal e tal, eis que a última aula prática de auto escola era às 7 da matina. Maldita hora que escolhi sete da matina!
Mas enfim. Estamos lá, e tudo o mais, quando o instrutor me diz "Sobe". Olhei pra ladeira, olhei pra ele e ri: "Você não quer que eu suba essa ladeira, né?" "Quero".

Puta que o pariu (com o perdão do palavreado), pensei com meus botões, enquanto, por dentro, meu medo se debatia em todos os cantos de minha caixa craniana. E subi. Tentando não olhar a cidade diminuindo aos poucos do meu lado. Cheguei lá em cima suando horrores e toda tremendo. "Agora desce". "Que, tá doido?" "Tudo que sobe um dia tem que descer!"

Puta que o pariu (com o perdão do palavreado), pensei com meus botões novamente. E desci. Fiquei em silêncio até chegar na auto escola e, quando cheguei em casa, demorei quase uma hora e meia pra acalmar. NUNCA que vou subir uma ladeira, pensei, pensava e continuo pensando.

No dia 25, um casal de primos da minha mãe chegaram aqui no Rio. Super adoráveis, os dois. Só que, com essa coisa de auto escola, não brinquei de guia (aleluia!). Começa minha primeira onda de raiva. Pensei e comentei uma empresa aqui do meu bairro que eu conhecia todo mundo (porque estavam direto no Corcovado), sabia como trabalhavam e confiava neles. Meu pai resolve tomar a frente da coisa, enquanto eu dizia, "Pai, vamos ver essa empresa, eu conheço...", para ouvir, entrelinhas "Deixa que eu resolvo porque você não sabe fazer isso.". Resultado: Contrataram uma empresa que eu nunca ouvi falar na vida, pro dia seguinte. E no outro dia (um domingo), eu saí, mas não conseguia parar de pensar naqueles dois pelo Rio com uma empresa que eu nunca ouvi na vida. Ok, eu sei que não sou expert no assunto, mas eu não fiz faculdade de Turismo a toa! E se tinha uma matéria que eu gabaritava feliz era Agenciamento. Aquele roteiro estava confuso, mas, como eu não sei fazer isso, melhor ficar em um canto e não me meter, certo?
Certo.

Ano Novo.
Era pra ser um dia feliz, mas como disse antes, é mais um dia da Falsidade "Reinando" Alegremente Diante de Seu Grande Nariz. Quem te odeia te liga dizendo 'feliz ano novo', mensagens via e-mail, orkut, "tuíter", etc. Se quer ser falso, seja o ano inteiro, não só nas três datas cruciais!

Fomos para minha tia, meus pais, minha avó, meu irmão, minha cunhada e o meu sobrinho. Segundo dia da raivinha: Novamente meu pai. Acho que ele tem o problema de querer aparecer, sabe, que gosta de me fazer de idiota na frente dos outros.
'Tava todo mundo desanimado, eu então, pff. Continuava no meu canto. Peguei meu livro, li quatro capítulos, isso tudo ouvindo música.



repito,olha minha cara de animação

Resumindo: Primeiro dia do ano foi almoço na minha tia. Como foi? Li meu livro e escutei música. Se algo de bom aconteceu, foi minha melhor amiga, a Yah, me ligar, e passarmos uma hora e dez no telefone.

Ontem [segundo dia do ano, eeee!?], tive aula às 7 de novo. Fazer baliza no Maracanã. Meu Deus, que troço do /demo! Eu não consigo fazer aquela *¨%*¨@ (agora já devo saber, passei horas colando post-it's no meu livro)! Quando voltamos para a auto escola, eis que liga minha mãe (ela tinha ido levar os primos no aeroporto e depois iam visitar o tio do meu pai), eu sentia algo vibrando no meu bumbum (isso soou meio sacana, mas é verdade). "Se você quer ir, vai em casa e pega uma muda de roupa".

Opa, "já é!" Fui em casa e cheguei junto com eles. Peguei roupas, enfiei na mochila e "vamo que vamo". Em duas horas, eu via o inconfundível McDonalds e o famoso "Bem vindo a São Pedro da Aldeia" (Costa do Sol, turisticamente falando). Pensei "aleluia, preciso fazer pipi's". Ah, peraí, né, duas horas se consumindo de mate gelado (minha água), está bem quente ultimamente aqui no Rio.

Enquanto o Tio (chamamos ele de Tio - todos nós) fazia o começo do churrasco, eu, pai, mãe e avó fomos para a praia (maldita praia!) do Balneário (que antigamente era só atravessar a estrada e, agora, precisa ir lá longe fazer retorno). Fazia anos que eu não pisava ali, e, pela primeira vez em anos, pude pensar, "Dessa vez nada vai acontecer".
Você se pergunta, que pode te acontecer numa 'praiazinha' furreca como aquela?
Pois eu te digo, amigo!
- aos 7 anos, eu me afoguei feio e quase morri;
- aos 8, eu fui parar lá longe da areia, e olha que coisa, não sabia nadar (continuo não sabendo, mas isso é normal)!;
- aos 10, eu vomitei horrores devido a uma empada (que eu tinha feito em casa);

Entramos na água, meu pai e eu. A água estava quente (acredite!), maravilhosa! Só tinha um porém: o chão estava enlameado e cheio de pedrinhas. Conversamos, nadamos, aquelas coisas que se fazem em casa. Na volta, bati com o pé em alguma coisa. Pensei que era só uma pedrinha, mas o troço não parava de arder. Quando sentei na cadeira e vi... meu pé todo cortado. Dois dedos cheios de sangue meio pisado, sabe, e cheio de areia. Praia filha da mãe, pensei com meus botões. Isso dói!

Voltamos pra casa, comemos e até dormimos (dormi por dois motivos: um que estava com sono mesmo e dois porque pus um remédio nos dedos do pé e tomei um pra afastar a dor e remédio sempre me dá sonolência). E fiquei meio p. Estava contando em ir ao centro mais tarde. Estava com o pendrive com as estórias do Lollipop bonitinhas e scriptadas, só faltava postar. E não pude fazer isso.

Hoje de manhã resolvemos voltar pra casa. Sim, meu dedo ainda estava doendo, principalmente depois de, no meio da noite, minha avó fincar aquela unha nada grande em cima do corte maior (o primeiro dedo depois do dedão). Acordei às quatro da manhã quase urrando de dor, por causa disso. Mas ela continuava roncando, então pensei "que morra minha dor!". Mas estava enganada, porque ela incomoda até agora.

Colocamos as coisas no carro às 9h e às 10:30h estávamos descendo a rua. Leia bem, dez-e-meia-da-manhã!
Resolvemos pegar o caminho antigo (Via Lagos tem um pedágio que pqp, vai roubar dim em Sampa, cara!) e estava tudo naquela coisa feliz (para eles, porque meu pai tinha prometido me ajudar com baliza na Praia Assassina e deu um ataque porque eu não sabia passar amarcha ré - como vou adivinhar que a marcha do carro dele tem que empurrar pra baixo e depois pra cima? Até onde eu saiba, meu grau de parentesco com a Samantha ou a Jeannie é um gênio é completamente nula!). Quando chegamos em Iguaba, pronto. Engarrafamento.
Enquanto pensávamos que eram muitas pessoas voltando para casa, o sol ia detonando nossa pele. Mesmo com fator 50, tenho metade do corpo queimado e a outra metade, da mesma forma.

Foram quatro horas e meia - isso mesmo, quatro horas e meia - de engarrafamento. Carros passando pelo acostamento, pela contramão e eu com a cabeça longe. Dessa vez, não era em estorinha para escrever nem nada. Era só sobre algo que poderia acontecer (se tudo der certo, né? não sei como será amanhã... ou depois de amanhã!), mas, fora isso, o tempo passava e a gente continuava no mesmo lugar. Até que passamos pelo motivo do engarrafamento: aparentemente, um titio bem pastel estava pela contramão (e o legal é que a polícia estava por perto, e ia atrás, uma graça, hehe), veio um carro a toda na direção oposta (estava totalmente livre!)e ele jogou o carro para a esquerda. O lado de uma ribanceira. Ele parecia bem, quer dizer, acho que aquele cara que estava no telefone era tio pastelão... Depois disso, o trânsito fluiu...

Eu já estava passando mal quando paramos no Point do Pastel. Óbvio que o nome não é esse, mas, em todas as vezes que fui para São Pedro, era parada obrigatória para pastéis de queijo maravilhosos e caldo de cana fresquinho!
Parada de todo mundo.
Eu estava mais pra lá do que pra cá, louca para ir ao banheiro (repito, a desgraçado mate gelado! Acho que vou desenvolver uma teoria: mate quente ativa o intestino para o número dois e o gelado, a bexiga, para o número um!), quando vejo a fila. Quase chorei enquanto pulava de uma perna para outra, em pleno desespero. Quando chegou minha vez, ô desgraça. Alguém tinha acabado de... você sabe... acho que tomou muito mate quente, se é que me entende. Não foi legal...

Decidimos comer mais na frente. Mas os quilômetros iam passando e nada de pararmos. Já via macaquinhos voadores (!) pulando as cerquinhas do verde infinito quando meu pai disse que estávamos próximos.
Uma vírgula!

Chegamos em Niterói e eu já estava doida. Comprei Mate Gelado (meu vício esse troço!) e fui aguentando. Nisso tudo já era quase quatro e vinte da tarde.

Nesse "brinquedo" todo,foram seis horas e meia de viagem. Algo que a gente faz em duas horas, duas horas e meia (dependendo do trânsito e velocidade) normalmente, dessa vez durou seis horas e meia. Dava pra ir em São Paulo!

Deixamos minha avó em casa e eu já estava vendo os macaquinhos dançando Rouge na minha frente. Estava, como dizem lá no sul, azul de fome.
Almoçamos aqui perto de casa e eu comi. Sim, é algo raro, eu sei, mas eu comi. Bastante.
Cheguei em casa louca por um banho. Estava melada de filtro solar, suada, com cheiro de viagem, aquela coisa toda.

Ah, quer saber de uma coisa interessante?
Durante essa "aventura" toda, meu dedo não parou de doer. Nem por um segundinho.

E ainda dói.
Horrores.
Me faz mancar um pouco, mas minha felicidade é que essa noite ninguém fincará a unha nela!

Falei muito, né...
Até a próxima, então!
x

1 comentários:

Unknown disse...

XD hahaha eu li tudo!! Mas vai ser tenso comentar o post inteiro, tia! Concordo sobre o natal e ano novo /uhum, mas até gosto de comemorar o ano novo, me divirto. Apesar de saber que a gente comemora uma hora antes por causa do H-d-Verão malditooooo!!

Também nunca vou subir uma rampa, semrpe faço pelo caminho mais comprido E nunca entro em ruas que não tem farol =D

Espero que seu pé melhore

ç3ç e desculpe por ter rido em muitas partes do seu post, tá? Mas eu me diverti =X