12 de fev. de 2010

Milagre de Carnaval

Uma coisa que eu gosto de lembrar e rir muito é que, desde que começei a faculdade, muitas coisas mudaram. Não só quanto a aparência, gostos e tudo o mais, mas quanto a sentimentos também. Parece que depois que a gente termina a escola, uma grande parte do nosso "eu" adulto resolver aparecer. Isso é meio que engraçado algumas vezes, porque você acaba pensando "Eu era assim, que coisa!"

Milagre de Carnaval: Toda sexta pré carnaval eu penso nesses tipos de milagres. Pode parecer muita idiotice da minha parte, mas toda sexta feira pré carnaval algo legal acontece.

Começou há uns sete anos mais ou menos, quando a minha bisavó faleceu. Eu estava longe de todo mundo, era minha primeira viagem só, para a região dos lagos. Eu não conseguia dormir, pensar, na realidade, eu só comia meu macarrão com queijo. Meu almoço durava quase duas horas e um copo de refrigerante ficava quente e sem gás.

Enfim, depois que ela se foi é que começaram esses milagres, por assim dizer. Mensagens dos caras do Amber Pacific, a primeira foi numa sexta de carnaval. Foi muito engraçado, porque estava bem frio por lá e aqui sempre está muito quente, e eles disseram, "vamos trocar de cidades por alguns dias, Deb". Ligação de alguém que eu gosto muito, numa sexta de carnaval. A primeira vez que ganhei em uma rifa (isso sim é o que chamo de milagre).

Eis que a santa do Carnaval ataca novamente.

Eu nunca gostei de Carnaval. Na verdade, eu sempre tinha um ódio enorme, odeio barulho, odeio calor, sprays com aquela espuma, confetes grudando no corpo e o cheiro de pipi que as pessoas cismam de deixar nos pneus de carros e paredes. Sem dúvida que há muitos porquinhos e porquinhas por aí, quase que principalmente no bairro onde eu moro, onde você nasce segurando um tamborim e sua brincadeira predileta é pular nas notas musicais que enfeitam as calçadas.

Estou enrolando demais para falar só uma frase. Eis que a santa do Carnaval ataca novamente, repito.

Então você me pergunta, "que raio de milagre foi dessa vez?" ou "fala logo de uma vez, caramba!". Prendendo o cabelo em um coque para cima com um prendedor cor de laranja, eu começo a rir e digo:

ACHEI O FINAL DE LOVE DISEASE!

PUHAHAHAHAHAHA!
:x

Eu deveria ser habituada ao Carnaval e aos "alalaôs". Onde eu moro é samba praticamente o ano inteiro, e eu estaria sendo muito mentirosa se dissesse que eu morro de raiva. O motivo é até simples: moro uma quadra antes de uma das escolas de samba mais queridas do carioca: "Unidos de Vila Isabel". Sim, eu moro na Terra do Noel =) Enfim, acho que ninguém imagina quão chato é querer dormir, depois de um dia cansativo de trabalho, e não poder porque a bateria resolve "estacionar" (fazer o recuo) debaixo da sua janela. Literalmente. Moro no segundo andar, agora imagina. Toda quarta feira (logo meu dia predileto), querer dormir, cansada de um dia "de cão" e ouvir os tum dum dum de noite. Faça chuva ou faça sol, lá estamos nós. Quer dizer, só se a chuva for daquelas brabas, daí não rola.

Ah, vai, carnaval é tão legal! É colorido e é bacana você não ter hora pra dormir. O único problema é que os "tum dum tum" parecem um círculo vicioso, e, como numa boate, você logo fica "doidão".

Mas quer saber? Carnaval pra mim é sinônimo de felicidade. Não porque é ótimo pra profissão, trabalhar muito, turistas, etc. É por causa disso aqui!


Isso mesmo. Mamãe diz que faz mal, papai diz que é gordura pura, mas "I don't care-e-e-e-e-e, I don't care-e-e-e-e-e..."
Eu deveria estar cuidando do post de hoje do filhote, e não falando um monte de besteiras aqui, confesso.
Tchau x

2 comentários:

Yayoi disse...

Primeira vez que ouço falar de milagre de carnaval! Só podia ser você mesmo! xDD

Unknown disse...

Debbie, o milagre de carnaval aqui de casa foi a vizinha não querer aprender todos os samba enredo do ano cantando a plenos pulmões!