17 de jun. de 2010

Enrola a minhoca!



Eu poderia resumir um monte de coisas que aconteceram nesses últimos dias (desde o dia 8, pra ser mais exata), mas acordei com o meu pai falando umas coisas com a minha mãe e, como sempre, isso me deixou triste.

Cada vez mais acho que fiz a faculdade errada. Ok, vamos ser sinceros, eu não tinha idéia do que fazer, então fiz um curso de férias na Estácio, conheci a Sheila e ela disse "posso conseguir uma bolsa de estudos pra você na faculdade que eu estudo" e pronto, lá estava eu, 17 anos, entrando na faculdade. Não vou dizer que não foi legal, porque foi. Ruim foi ficar ouvindo meu pai falar, por mais de seis meses, que eu poderia trocar de faculdade a qualquer minuto (ele queria que eu fizesse Fisioterapia). E confesso que fui mesmo imatura, porque fiz a faculdade só de birra, odeio quando as pessoas ficam cutucando. Me cutucando. A pior parte de tudo foi quando minha mãe quebrou o tornozelo. Querendo ou não, percebendo ou não, ele nem tem consciência de que todos aqueles "cutuques" de "Poderia ser melhor se tivesse uma estudante de Fisioterapia em casa" doem até hoje.

Então eu fiz uma faculdade, o curso de Turismo. Confesso que só fui começar a gostar da coisa quando estava no quinto/sexto período,os últimos. Não quero me gabar, mas eu era uma das melhores da turma fazendo Roteiros e Contas de Pacotes (esqueci o nome agora), Agenciamento era a minha matéria predileta. Passei cinco períodos esperando por aquilo e é, sem sombras de dúvidas, a parte mais bonita do Turismo.
Fiz estágio em um dos acessos a um dos pontos turísticos mais famosos do Brasil, que foi o Trem do Corcovado (a propósito, hoje eu termino aquele relatório - 1 ano depois).
É realmente incrível trabalhar com pessoas de diferentes nacionalidades. Uma coisa que eu dizia sempre é que trabalhar com Turismo faz com que você se sinta cidadã do mundo. É enorme o conhecimento que você adquire, é uma profissão muito bonita.

Mas estou cada vez mais certa de que ela não é pra mim.

Pra você ter uma noção, depois que meus pais saíram, eu peguei meus cadernos da faculdade (e as folhas de fichário).. quem disse que eu entendia o que eu tinha escrito? Meus cadernos e folhas eram uma verdadeira complicação, com notinhas virando na folha. Como minha letra é pequena, era um ninho de gato. Ou um formigueiro na hora do rush, como queira. Se entendi alguma coisa foi de Agenciamento e Português (imagino um chá da tarde entre o professor André e Machado de Assis - meus dois maiores mestres). E Antropologia, por mais que eu reclamasse na época, eu nunca achei que fosse tão interessante quanto agora, estudaria de novo, com certeza.
Eu não estou motivada com a carreira. Óbvio que vou fazer de tudo pra trabalhar na Copa e nas Olimpíadas, mas e até lá? Eu lembro das coisas porque eu colei post-it verde no monitor do computador!

Minha mãe diz que é porque eu estou parada, não estou fazendo nada relacionado a Turismo no momento (se fosse até uns dias atrás, eu iria soltar a seguinte piadinha :"Interagir com as Da Mai é o que?"). Mas é meio esquisito quando você só gosta de uma coisa por um ano cravadinho, não é? E em todos os outros momentos você achar que está no lugar errado?

Pra ser bem honesta, toda vez que chegava o intervalo e via o pessoal falando de choppada com, sei lá, pessoas da empresa que trabalhavam, ou alguma coisa tipo "ah, os passageiros do bla bla", eu me levantava e saía pelas ruas de Botafogo pra pensar. Certo que ia na padaria ver televisão, mas eu pensava. E me sentia um horror porque não conseguia "seguir o fluxo". No quinto/sexto período, na ABAV, eu conheci a Forip e a Orasa, essa última é uma das autoridades tailandesas (!) de Turismo. Uns doces. A Forip eu já conhecia da ABAV anterior e, por algum motivo, eu compartilhei com ela isso. Não entrei em detalhes, óbvio, mas falei "Acho que não vou me dar bem no Turismo". Depois de tirarmos as fotos, ela me disse que no início não levava muita fé em si no ramo, mas que bom, olha onde ela estava! No Brasil e tipo, ela não é brasileira (acho que tailandesa americana, se é que isso existe, sei lá). Isso, de alguma forma, me deu uma motivação a mais pra terminar o curso,porque estava pensando em sair no sexto período (isso, no último).. acho que não está funcionando comigo.


Forip, eu e Orasa

Desde pequena eu gosto de ciências da terra. Adoro aprender como as coisas se movimentam, placas tectônicas, massas de ar, etc. Toda vez que eu vejo a grade curricular da UFRJ pra Geologia, eu me arrepio. Arrepio LITRUS, se é que dá pra entender. Topografia, Geomorfologia, Mineralogia, Sedimentologia, Pedologia Aplicada à Geologia, Geoestática, Fotogeologia, Geotectônica, Petrologia das Rochas Metamórficas, Hidrogeologia (L)... como não se apaixonar por isso? É lindo! É perfeito! É, é... é tudo de bom!
A grande meleca é que as específicas e até mesmo dentro da faculdade, eu teria que lidar com o pior bicho papão da minha vida: Exatas (Física, Química, Matemática e Biologia - de certa forma). Se alguém pegasse meus boletins e visse minhas notas nessas 4 matérias, iriam me perguntar como consegui terminar o colégio.

O que me atrapalha é isso. Não dá pra ser uma "faraó" de Exatas de uma hora pra outra. É como pedir pro Draco Malfoy virar um Harry Potter da vida em um dia.
Posso estudar, e vou (sempre tento estudar esses troços, mas acabo não entendendo, me irritando, estressando, taco o caderno na parede e choro), mas não é garantia...
E ainda tenho que ouvir "você fez Turismo, agora vai trabalhar com Turismo", mesmo que seja só um "cutuque".

Pra ser sincera de novo. Amo Geologia, adoro mesmo, tenho uma leve ponta de admiração por Turismo mas na real eu não sei o que eu quero da minha vida. Acho que nem sonhos eu tenho!
O dia de amanhã... não sei.
A única certeza é a fisioterapia pro joelho ruim.

3 comentários:

Yayoi disse...

Eu acho que você deve levar jeito com Turismo, afinal, você tem jeito para lidar com as pessoas! Totalmente ao contrário da minha pessoa u_u

Não desanime, você ainda vai arranjar um ótimo emprego e vai fazer com que você tenha orgulho daquilo que cursou! Tenha fé em si mesma, não seja pessimista. Eu tenho certeza que você tem muito mais capacidade do que acha que tem!

Unknown disse...

Oi,

LARGA DE SER BOBA! =P

Vc é uma turismologista! Trabalho em uma par de coisa...

Um dia vc se acha!

Todo mundo fica com aquele feeling...'q p*** eu to fazendo aqui'

a unnie tem isso todo dia! ^^

então larga de ser boba, e siga o teu coração...

Se vc qr fazer esse negocio de geo n sei oq...vai, vc vai conseguir ^^

Roses disse...

Aish, o pior é que eu nem posso dar conselhos, tô fazendo planos de estudar fora pruma profissão que eu tenho 90% de certeza de que não tenho talento nenhum.

Mas se anima aí, pelo menos você tem alguma outra coisa que queira fazer da vida caso perceba que escolheu o curso errado (o que eu não ache).^^